Quando uma porção de algum órgão, em geral as alças do intestino delgado, sofre deslocamento através de defeitos como a abertura na parede abdominal, ocorre a formação de hérnias abdominais, fazendo com que a estrutura do abdômen seja modificada.
Embora possa se desenvolver em indivíduos adultos, a hérnia umbilical é observada, na maioria dos casos, em bebês. O defeito que gera tal condição costuma ser, em crianças, espontaneamente fechado logo nos primeiros anos, não sendo necessário o tratamento cirúrgico.
Passados os dois primeiros anos de vida, é improvável que o defeito desapareça de forma espontânea, sobretudo em adultos. Em outras palavras, nesses casos, quase sempre a cirurgia é recomendada pelo médico, principalmente se o paciente referir sintomas.
Este tipo de hérnia consiste em um defeito presente na parede abdominal, especificamente na região da cicatriz do cordão umbilical. É nesta região que os vasos realizam o movimento de entrada e saída do feto e chegam até a placenta ao longo da gestação.
Nas primeiras semanas de vida, o cordão umbilical passa por um processo de esclerose, de forma a cair e criar um defeito na parede. O fechamento ocorre de modo espontâneo para a grande maioria das pessoas. Estima-se, entretanto, que 20% da população mundial continuem apresentando abertura na parede abdominal justamente na região do umbigo.
Algumas condições podem surgir em face desse defeito existente na parede abdominal, como protrusão ou abaulamento do conteúdo presente na cavidade abdominal, ocorrendo por meio da cicatriz.
O indivíduo poderá sentir dor local quando a região é tocada ou após realizar esforço físico, sobretudo quando a hérnia está em seus estágios iniciais.
O estrangulamento de alças intestinais, bem como de conteúdos da cavidade abdominal raramente ocorre em hérnias umbilicais de pequenas dimensões.
O diagnóstico poderá ser realizado por meio de exame físico, não sendo necessária, em grande parte dos casos, a realização de outros exames. O médico especialista levará em consideração a avaliação da história clínica do paciente, bem como os sintomas relatados.
O profissional poderá, em caso de dúvidas acerca do tipo da hérnia existente, solicitar exames complementares, como ressonância magnética e ultrassonografia do abdômen.
O diagnóstico desta condição em sua fase inicial representa um melhor prognóstico. Isso se deve à maior probabilidade de redução do conteúdo herniário, de maneira que é possível sua devolução para a cavidade abdominal.
Se houver demora na busca por tratamento, poderá ocorrer o aumento da hérnia, tornando as dores e demais incômodos mais intensos e frequentes, podendo, nos casos mais graves, fazer com que ocorra o estrangulamento do intestino.
Em se tratando de bebês, o surgimento da hérnia umbilical costuma estar relacionado ao cordão umbilical. Quando a musculatura não se junta de forma completa, o bebê poderá apresentar hérnia umbilical com o passar do tempo.
Nos adultos, por sua vez, o aparecimento deste tipo de hérnia costuma ter como fator causador a pressão abdominal decorrente das seguintes condições:
O nascimento com baixo peso e prematuro representa fator de risco em se tratando de bebês. Os adultos, contudo, são mais suscetíveis em face de obesidade e gravidez múltipla. Vale ressaltar que a hérnia umbilical é mais frequente em mulheres.
Pelo fato de ser um defeito presente na musculatura daquela região, o tratamento consiste em cirurgia, sendo o único modo efetivo de corrigir o problema.
Quando as hérnias são pequenas e o paciente não apresenta sintomas frequentes, costuma ser recomendada somente a observação da condição. Caso se trate de um quadro sintomático, sobretudo com a existência de dores, há maior risco de que ocorram maiores complicações, sendo necessário que a hérnia seja tratada.
A cirurgia também costuma ser indicada pelo médico para sanar questões estéticas, uma vez que a deformidade da região pode causar incômodos ao paciente. Nestes casos, contudo, os riscos costumam ser mínimos.
O tratamento cirúrgico para hérnia umbilical é considerado de baixa complexidade. A cirurgia consiste na dissecção do anel herniário, de maneira que o conteúdo é reduzido para o interior da cavidade abdominal, realizando-se a síntese do defeito apresentado.
Quando a hérnia é de grandes dimensões, ou seja, maior que 2 centímetros, pode ser preciso que se realize o implante de prótese. Esta, por sua vez, é uma espécie de tela em plástico ou polímero, apresentando a função de reforçar a parede abdominal.
O procedimento cirúrgico poderá ser realizado de forma aberta ou através de laparoscopia. Neste último caso, a cirurgia é considerada minimamente invasiva.
Em geral, o paciente costuma receber alta no mesmo dia em que a cirurgia for realizada. Com o objetivo de se evitar dores e desconfortos na região, o médico poderá prescrever medicamentos analgésicos.
Hematomas e edemas no local são considerados eventos clínicos dentro da normalidade, assim como mudanças no trato intestinal. É necessário, contudo, que o paciente faça repouso por até 3 semanas em se tratando de atividades leves. Os esforços físicos intensos, por sua vez, deverão ser realizados somente após 6 semanas.
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