Diverticulite aguda é um quadro em que se verifica a inflamação de divertículos, tratando-se de complicações de doenças diverticulares. É importante a busca por tratamento adequado a fim de se evitar peritonite bacteriana e outras condições mais graves.
A doença está entre as principais causas de dor abdominal, devendo-se verificar condições como perfurações viscerais, isquemias, obstruções e outras ocorrências, sobretudo em idosos.
O quadro é de caráter emergencial e, em alguns casos, é necessário o tratamento cirúrgico, especialmente para se evitar que evolua para sepse.
Tais formações, mais frequentes no intestino grosso, apresentam formatos semelhantes a balões, que podem se originar de uma dieta pobre em fibras. Com isso, pode ocorrer prisão de ventre, gerando maior pressão nos intestinos, a ponto de formar quistos. Este processo pode fazer com que resíduos fecais se acumulem, causando inflamações.
Além dos hábitos alimentares, quem tem mais de 40 anos pode apresentar maior propensão a desenvolver diverticulite aguda. Sedentarismo, obesidade e o vício em tabaco também podem causar a diverticulite aguda.
A condição pode afetar 15% dos indivíduos com doença diverticular. Estima-se que 25% das pessoas apresentam complicações do quadro. Há, entretanto, pacientes que são assintomáticos.
O quadro agudo tende a causar dores no lado esquerdo do abdomem, na fossa ilíaca, já que há maior comprometimento do cólon sigmóide.
O divertículo inflamado, de natureza colônica, costuma extravasar fluidos que levam à inflamação intestinal, fazendo com que o indivíduo sinta dores na maioria dos casos.
Como resultado deste quadro, o paciente pode sentir alterações intestinais, vômitos e náuseas. Até mesmo a alimentação habitual contribui para que o indivíduo acometido sinta dores.
Nestes casos, as dores podem ser irradiadas para o peritônio. Há pacientes que apresentam abscesso peridiverticular, verificado pelo especialista pelo fato de haver uma massa palpável na região.
Em casos mais graves, poderá ocorrer instabilidade hemodinâmica, sobretudo quando há o desenvolvimento de peritonite purulenta difusa ou de natureza fecal. Além disso, são comuns flatos vaginais, pneumatúria, disúria e fístulas colovesicais.
Quando da realização de exame físico, o paciente com diverticulite aguda poderá apresentar distensão abdominal. Em geral, o médico especialista realiza um procedimento para descompressão da área dolorosa a fim de observar se há o chamado “reflexo de defesa”, indicativo de quadros de perfuração intra-abdominal.
Ao realizar exames laboratoriais, um dos achados mais frequentes é a leucocitose.
A condição poderá ser diagnosticada através de anamnese, exames físicos ou de imagem, como o de ressonância magnética. A colonoscopia, por sua vez, não é indicada em se tratando de quadros agudos de diverticulite, pois é arriscado que ocorra perfuração da área comprometida.
Dessa maneira, o exame de tomografia computadorizada costuma ser um dos mais indicados. Este possibilitará afastar hipóteses como câncer ou apendicite, além de permitir a identificação da área afetada com precisão. O exame também é importante para se verificar se há fístulas ou abscessos.
A classificação da diverticulite é possibilitada pela realização do exame de tomografia computadorizada. Com isso, a doença pode ser dividida em 4 estágios, por meio da escala Hinchey, empregada para avaliação de diverticulites com complicações decorrentes de perfurações.
Os estágios I e II dizem respeito a abscessos pericólicos confinados e abscessos à distância. Já os estágios III e IV referem-se a casos de peritonite purulenta difusa e peritonite fecal.
O diagnóstico é essencial para que o especialista estabeleça o tratamento compatível para casos complicados ou sem complicações. Vale salientar que os estágios I e II costumam responder bem a procedimentos como drenagem percutânea e uso de antibióticos. Já os demais estágios podem demandar intervenções cirúrgicas a fim de se evitar septicemia e outras consequências.
O tratamento da diverticulite será norteado conforme a natureza da gravidade, bem como na existência de complicações. Veja:
Em casos deste tipo, o tratamento conservador costuma ser o mais recomendado pelo médico. O especialista poderá prescrever antibióticos em uma abordagem ambulatorial.
A abordagem cirúrgica é a mais indicada, considerando-se os variados tipos de complicações. Tais como:
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