Constipação intestinal, também conhecida como “obstipação intestinal” e “intestino preso”, ocorre quando o indivíduo apresenta frequência reduzida de evacuações. Na maioria dos casos, além de não ir ao banheiro todos os dias, o paciente passa a apresentar fezes ressecadas e duras.
Vale pontuar que modificações da rotina podem gerar reflexos no hábito intestinal. Desse modo, passa a ocorrer absorção demasiada de água através das fezes, uma vez que o bolo fecal começa a percorrer lentamente o cólon.
O ritmo normal de evacuações pode ser compreendido entre três vezes por dia e três vezes por semana. Além disso, o fato de um indivíduo apresentar somente fezes duras não é indicativo de que o caso é constipação intestinal.
É comum que as pessoas apresentem intestino preso em face de uma dieta pobre em fibras combinada com baixa frequência da prática de atividades físicas. Vale destacar que a prisão de ventre é mais comum em mulheres que já ultrapassaram os 50 anos.
Dentre os outros sintomas observados nesta condição estão o estufamento (empachamento), pressões e outros desconfortos na região do reto, flatulência, sensação de evacuação incompleta, bem como distensão do abdômen.
Quando chegam ao cólon, as fezes são compostas por aproximadamente 90% de água. Por meio dos movimentos peristálticos, estas são empurradas até que cheguem ao reto para que sejam eliminadas. Quando este processo de movimentação se mostra lento, o intestino acaba por absorver mais água do que o esperado, causando a prisão de ventre. Saiba o que pode estar por trás da constipação intestinal:
É importante pontuar que consumir poucos alimentos ricos em fibras, bem como ingerir grandes quantidades de gorduras representam causa frequente da constipação.
Encontradas em alimentos de origem vegetal, como frutas e cereais, as fibras podem ser solúveis em água ou insolúveis. No primeiro caso, são responsáveis por tornar as fezes mais pastosas e macias, já no segundo caso, por reterem água, propiciam com que o bolo fecal adquira mais volume e também se torne mais macio.
Desse modo, auxiliam no transporte das fezes até que sejam evacuadas.
Se líquidos como a água auxiliam com que os movimentos peristálticos ocorram de modo mais eficiente, outras substâncias podem exercer ações contrárias, como no caso da cafeína, que tem poder desidratante.
Outro ponto a se observar é o fato da constipação intestinal também ser ocasionada pelo elevado consumo de fibras, sem que haja a ingestão de água. Estima-se que, diariamente, para cada quilo do indivíduo, é necessário que se ingira ao menos 35ml de água.
Algumas medicações também podem fazer com que se desencadeie a obstipação intestinal. Confira quais:
O entendimento equivocado de que é preciso evacuar diariamente faz com que muitas pessoas façam uso de laxantes sem indicação médica. Em geral, estes medicamentos não são sempre necessários, podendo fazer com que o intestino grosso fique dependente de sua utilização para que os movimentos peristálticos ocorram.
Além disso, caso sejam utilizados a longo prazo, os laxantes podem gerar danos ao tecido da parede do intestino, que coordena a movimentação habitual do cólon, chamada de “peristalse”.
Do mesmo modo, a utilização de enemas também pode fazer com que o cólon perca seu reflexo, ou seja, a vontade natural de evacuar.
O trânsito intestinal pode ser comprometido, ainda, em face do indivíduo não atender à vontade de evacuar, postergando a evacuação e fazendo com que ocorra constipação intestinal.
Existem casos em que o indivíduo apresenta uma condição rara, chamada de “constipação intestinal crônica idiopática”, em que não responde aos tratamentos habituais. Há estudos que indicam que tal condição pode se relacionar com disfunções intestinais, bem como hormonais, nervosas e musculares. Vale ressaltar que, neste caso, as mulheres são as mais acometidas.
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