Colite ulcerativa é uma doença crônica que consiste em uma inflamação do intestino grosso. Essa doença também é conhecida na literatura médica pelos nomes de colite ulcerosa e retocolite ulcerativa.
Essa doença atinge a mucosa responsável por revestir o intestino grosso, e gera lesões contínuas na região em que se manifesta. Para um médico determinar a gravidade da doença, será avaliado, dentre outras coisas, a extensão e as características dessas lesões.
Essa doença pode manifestar sintomas desagradáveis que vão além do sistema gastrointestinal, podendo gerar problemas em diferentes partes do corpo. Vale ressaltar que a colite ulcerativa não se confunde com a doença de Crohn. A colite ulcerativa atinge apenas a parte superficial do cólon, já a doença de Crohn abrange toda a parede intestinal, incluindo o intestino delgado.
Os sintomas podem e são classificados pela literatura médica como do tipo leve, moderado ou grave. A colite ulcerativa pode apresentar sintomas como: diarreia, sangramento retal, dor abdominal, perda de peso sem motivo conhecido, saída de muco pelo ânus, anemia e intestino preso.
Além dos sintomas ligados ao intestino, os pacientes acometidos com essa enfermidade podem se queixar de dores articulares, sobretudo nas ancas e joelhos, o que gera além da dor, inchaço. Em alguns casos, as queixas podem incluir manchas na pele, problemas nos olhos e nos pulmões. Embora sejam mais raros, os últimos sintomas citados costumam surgir durante as crises da doença, ou seja, durante a inflamação intestinal não controlada.
Ainda durante as crises de colite ulcerativa, é comum que os sintomas sejam mais intensos após as refeições, incluindo a diarreia e sangramento retal. Por essa razão é comum que pacientes evitem, por conta própria, se alimentarem quando estão em crise, o que pode ocasionar no emagrecimento involuntário.
A medicina ainda não definiu a causa, entretanto, há características presentes em parte dos pacientes que pode ser um indicativo de causa ou predisposição. Estudos mostram que de 10% a 25% dos pacientes possuem algum familiar de primeiro ou segundo grau diagnosticado com colite ulcerativa ou doença de Crohn, o que torna o fator genético uma predisposição para a doença.
Também há pacientes que relatam o aparecimento dos sintomas e consequente diagnóstico após abandonarem o tabagismo. Pessoas com familiares acometidos com doenças intestinais costumam desenvolver a colite ulcerativa após passarem por um processo inflamatório. Mesmo com esses fatores citados, ainda não é possível determinar a causa da colite ulcerativa.
O diagnóstico é feito primeiramente após a avaliação dos sintomas relatados pelo paciente em consultório, e exame físico. Após esse primeiro contato com o caso do paciente, o diagnóstico é concluído com exames laboratoriais e de imagem, como colonoscopia e ecografia abdominal.
Durante uma colonoscopia total ou uma retossigmoidoscopia é possível obter biópsias do intestino, a fim de se confirmar o diagnostico de colite ulcerativa e descartar outras possíveis doenças com sintomas semelhantes.
A colite ulcerativa é uma doença que ainda pode ser imprevisível em alguns casos. Isso porque se por um lado alguém pode ver que o tratamento está funcionando, por outro também é possível que haja complicações graves sem motivo aparente, como um câncer colorretal ou em último caso, risco de morte. Isso se deve principalmente ao fato que em casos mais graves a doença pode afetar diferentes órgãos do corpo.
Observa-se que pacientes com a doença possuem mais chances de desenvolverem um câncer colorretal devido ao tempo e extensão da área afetada pela inflamação intestinal. Caso existam lesões pré-malignas no intestino, o exame de colonoscopia poderá detectar para que o tratamento seja iniciado o quanto antes.
O objetivo do tratamento é de acabar com a crise do paciente, bem como de mantê-lo em remissão da doença. Há alguns tipos de tratamentos que dependem da gravidade da doença. O tratamento clássico consiste no uso de terapia medicamentosa, sobretudo a base de corticoides, que costumam trazer resultados com rapidez e eficiência.
Para quem é dependente de corticoide ou não responde ao tratamento, o médico poderá prescrever imunossupressores. Também há casos em que será necessário o uso de antibióticos no tratamento.
Em último caso, quando o paciente não responde ao tratamento medicamentoso, uma cirurgia poderá ser indicada. Nesses casos, médico e paciente deverão conversar sobre os riscos e benefícios da cirurgia para colite ulcerativa.
É fundamental que o paciente com a doença priorize uma alimentação saudável, rica em alimentos naturais, evitando-se guloseimas e alimentos açucarados, uma vez que isso pode piorar o processo inflamatório do intestino. Alguns pacientes podem sentir que alguns alimentos, mesmo que consumidos de forma equilibrada e saudável, podem piorar os sintomas. Nesses casos, a recomendação é evitar tais alimentos e eles podem variar de pessoa para pessoa.
Uma curiosidade é que geralmente o paciente é intolerante à leite e derivados (lactose), mas não necessariamente toda pessoa que é intolerante à lactose será acometida com colite ulcerativa.
Até o presente momento, a medicina possui poucas respostas sobre a doença, de forma que a doença é tratada como uma enfermidade crônica, ou seja, que não tem cura, mas possui tratamento para que o paciente tenha uma qualidade de vida preservada ou recuperada. Por outro lado, não há como prevenir uma colite ulcerativa pelo simples motivo que ainda não se sabe as causas da doença.
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